sexta-feira, 23 de maio de 2008

Arte pode ser cruel?

Sim, arte pode ser cruel com os sentimentos, pode ser chocante de forma a provocar uma reflexão. Mas não estou falando nesse tipo de "crueldade", mas no literal. No de enforcar um cachorro abandonado e isso ser considerado arte. Olha que nem sou grande fã de cachorro - ou de qq outro tipo de bicho - prefiro manter distância deles. Mas, pelo que acabo de receber por e-mail, fiquei fã número 1 de bichos agora:
Como muitos devem saber e até ter protestado, em 2007, Guillermo Vargas Habacuc, um suposto artista, colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtíssima na parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede.

Durante vários dias, tanto o autor de semelhante crueldade, como os visitantes da galeria de arte presenciaram impassíveis à agonia do pobre animal..

Até que finalmente morreu de inanição, seguramente depois de ter passado por um doloroso, absurdo e incompreensível calvário.

Pois isso não é tudo: a prestigiosa Bienal Centroamericana de Arte decidiu, incompreensivelmente, que a selvajeria que acabava de ser cometida por tal sujeito era arte, e deste modo tão incompreensível Guillermo Vargas Habacuc foi convidado a repetir a sua cruel acção na dita Bienal em 2008.

Facto que podemos tentar impedir, colaborando com a assinatura nesta petição:

http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html

(não tem que se pagar, nem registar) para enviar a petição, de modo que este homem não seja felicitado nem chamado de 'artista' por tão cruel acto, por semelhante insensibilidade e desfrute com a dor alheia

REENVIA ESTA MENSAGEM A TODOS OS TEUS CONTACTOS, POR FAVOR.

Se puseres o nome do 'artista' no Google, saem as fotos deste pobre animal e seguramente também aparecerão páginas web onde poderás confirmar a veracidade da informação.

'Haverá sempre, em algum lugar, um cão abandonado, que me impedirá de ser feliz...'

Jean Anouilh


Pra mim que já não era fã de arte contemporânea... depois dessa, gosto menos ainda. Assinem, vai.

3 comentários:

Maíra disse...

Li essa notícia no site da Suipa, tem alguns meses. Terrível.
Já está mais do que assinado...

Vitor Arbex disse...

Ola Alinde, não nos vemos faz tempo. Eu posso não ser fã de animais, porém isso é demais. Eles lá eu aqui e todos livres! sempre.

Rômulo disse...

Acho que ele conseguiu ultrapassar os limites da arte! Porque sim, até a arte tem seus limites. Arte não é a produção sensível humana? Transformar de alguma forma o que se pensa ou sente em algo visível e capaz de interação com outras pessoas? Não há nada de artístico no sofrimento do animal em só transparece a crueldade humana (do artista e dos visitadores)

Alegar que cachorros (e seres humanos) morrem da mesma forma ou pior o tempo todo não é uma desculpa aceitável. E não é só porque agora vimos e antes não. É porque o que ele fez é crueldade explícita e lúcida, com total conhecimento das conseqüências, contrária ao que ocorre comumente e despropositadamente pelo abandono ou que for. Coisas bem diferentes. Admira-me um artista ter tanta falta de sensibilidade.

E, pessoalmente, pra mim é revoltante, porque eu adoro cães.