terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Recifes de corais


Ontem eu estava vendo o Fantástico e passou uma matéria sobre um dos efeitos das mudanças climáticas causadas pelo homem: o branqueamento dos recifes de corais. Todo mundo já viu documentários fantásticos ou ao menos reportagens sobre os recifes do planeta. Pois bem: o que se mostrou no domingo (e eu não fazia idéia) é que alguns desses recifes estão ficando brancos nos verões mais quentes, por conta do aumento da temperatura dos oceanos nesses períodos. O problema é que tem sido cada vez mais constante esse branqueamento temporário, o que pode causar a morte desses recifes atingidos, afetando uma enorme cadeia alimentar marítima. Pesquisando apenas um pouco na internet, vi que esse problema vem sendo noticiado na web tem um tempo já – a notícia mais antiga que vi é de 2001.
Quem lembra um mínimo ridículo das aulas de ecologia do segundo grau sabe que se uma única espécie é afetada várias outras também o são, porque são todas interdependentes. O que também nos afeta: somos parte da natureza, por mais que algumas pessoas muito legais se esqueçam disso.
3 Outubro 2005


Investigadores australianos descobriram que o sensor MERIS do Envisat consegue detectar o branqueamento dos corais até dez metros de profundidade. Isto significa que o Envisat poderia potencialmente monitorizar os recifes de corais atingidos em todo o mundo duas vezes por semana.
O branqueamento dos corais acontece quando as algas que vivem em simbiose com os pólipos dos corais vivos (que lhes dão a cor) são expelidas. O coral branqueado pode morrer com os impactos subsequentes no ecossistema do recife e, por conseguinte, nas pescas, no turismo regional e na protecção costeira.
O branqueamento dos corais está relacionado com temperaturas do mar no Verão acima dos valores máximos normais para a época e com a radiação solar. O branqueamento pode acontecer numa escala localizada ou em massa – houve um branqueamento extensivo em 1998 e 2002 provavelmente ligado ao El Niño.
"Um aumento na frequência do branqueamento dos corais pode ser um dos primeiros efeitos ambientais tangíveis do aquecimento global," afirma o Dr. Arnold Dekker da Organização para a Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation - CSIRO) australiana. "A maior preocupação é que os recifes de coral possam passar por um limiar de branqueamento crítico a partir do qual não consigam regenerar-se."
As observações aéreas e marítimas constituem os actuais métodos de detecção, mas muitos recifes são inacessíveis ou demasiado vastos (a Great Barrier Reef - Grande Barreira de Corais - possui uma área de 350.000 quilómetros quadrados) para um acontecimento que dura quinze dias. Os corais branqueados podem ser rapidamente colonizados por algas azuis ou verdes acastanhadas, mais difíceis de distinguir dos corais vivos.

Mais aqui, na fonte deste quote.



Como nessa semana (na sexta-feira) sai um relatório da ONU sobre as conseqüências da ação humana para o clima, os jornais estão o tempo todo tocando no assunto. Então vi hoje uma entrevista com um biólogo ambientalista norte-americano que estuda a Amazônia. Ele não disse nada que já não seja sabido ou suspeito, mas foi um reforço a mais para me lembrar que cada um tem a sua parcela de responsabilidade pela coisa toda. Podemos fazer pouco sozinhos, mas se cada um lembrar um pouquinho que seja a pessoa ao lado e esta pessoa ter um comportamento melhor e passar a idéia adiante... vai ser algo. Se tentarmos reduzir nosso consumo a níveis menos depradatórios, desperdiçando menos e reciclando mais (como usar os dois lados de um papel, não comprar o que não for usar, etc), já estaremos contribuindo um pouco...

E você, já plantou sua muda hoje?

sábado, 27 de janeiro de 2007

Mais estranho que a ficção

Resolvi testar o Blogger e ver se finalmente fico sossegada num servidor de blog. Por enquanto fico aqui... pelo menos por um mês...rsrs.

Ontem eu vi "Mais estranho que a ficção" no Unibanco Arteplex junto com o Marcelo, a Luly e a Taty. Depois fomos à Cobal do Humaitá e pra variar um pouco ficamos no Marguerita.

Eu gostei do filme, mas esperava que ele fosse um pouco mais engraçado. Por mais que se diga isso, a gente nunca aprende a ir ao cinema sem altas expectativas. Gosto bastante de metalinguagem, e a história do filme parecia ser muito interessante: um cara normal descobre que é um personagem de uma história e a autora quer matá-lo. Ele então passa o filme tentando impedir. Essa sinopse e mais o trailer (que fez parecer que o filme é mais divertido do que é) fez as minhas expectativas serem bem razoáveis. Não quero dizer com isso que não gostei ou que não recomendo. Algumas passagens são bem engraçadas (embora a maior perte da platéia não tenham achado graça) e as atuações foram bem boas (especialmente a da Emma Thompson, como a autora) e o roteiro é bem legal, vale a pena sair de casa e gastar uma graninha pra
conferir.

De 1 a 5, acho que merece nota 3.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Taj Mahal

Era uma vez uma menina que gosta muito de escrever. Ela conhece a internet e também uma coisa muito interessante, chamada blog: um lugar pra ela escrever o que der na telha. Mas tem um problema: ela nunca fica satisfeita com os servidores de blog que ela encontra. Sempre tem algum defeito. Quando finalmente ela acha um razoável, bam! Murphy atua e o servidor sai do ar. Ela perde um texto que bem que gostou, uma resenha sobre o livro As Cartas de J.R.R.Tolkien que ela bem tinha gostado e bem está sem vontade de reescrever. Aí ela vai e volta prum antigo servidor: o UOL. E, ao mesmo tempo, rende-se a esse aqui, o Blogger (em fase de testes).Mas esse post nem é sobre isso, é sobre o Taj Mahal. Adoro fazer mini-pesquisas no Google, e aí embaixo vai o resultado da pesquisa sobre o Taj, que fiquei com vontade de fazer depois de ver um documentário sobre ele.
Sabem o resultado arquitetônico de influências muçulmanas, hindus e mongóis? Sim, sabem: o Taj Mahal. Na minha opinião, o túmulo mais lindo da História da Humanidade. Ainda não vi nenhum mais perfeito. Recentemente, vi um documentário sobre o Taj e não resisti à tentação de escrever um pouquinho sobre ele. Ele foi construído no século XVII para ser o mausoléu da esposa preferida do imperador mongol Shah Jahan, Mumtaz Mahal (“jóia do palácio). O império muçulmano Munghal se deu na Índia entre os séculos XVI e XIX, sendo a decadência notada a partir do século XVIII. Ele foi iniciado por descendentes de persas, turcos e mongóis.
Shah Jahan foi um dos imperadores com maior sucesso, e a sua segunda esposa era a preferida, Arjumand Banu Begam ou Mumtaz Mahal (nome ganho na corte). Dizem os cronistas da corte que o casal era inseparável – mesmo nas viagens de conquista o imperador era acompanhado pela sua esposa, que era também uma importante conselheira. Numa dessas viagens, Mumtaz estava grávida do décimo quarto filho do casal e morreu no trabalho de parto. Diz-se que o Shah Jahan ficou desolado, tendo ficado grisalho quando da morte da esposa. Decidiu então construir um mausoléu digno dela: o Taj Mahal. Pouco tempo depois, um de seus filhos tomou-lhe o poder, dando ao pai uma torre no palácio em frente ao Taj como moradia. Ali Shah Jahan passou o resto da sua vida.
Obviamente um dos meus sonhos de consumo é visitar o Taj Mahal. Além da beleza em si do túmulo, adoro lugares em que são visíveis as influências de diferentes culturas. Definitivamente não consigo escolher uma cultura que eu goste mais. Oriental ou ocidental, “primitiva” ou não, todas têm algum elemento que me fascinam.