terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Senhor dos Anéis–A Sociedade do Anel


Estou eu relendo o Senhor dos Anéis, aqui vão algumas das minhas impressões da releitura. Aqui vai o que vou publicar como resenha no Skoob e no Shvoohg:

O primeiro livro da saga O Senhor dos Anéis narra o início das aventuras do hobbit Frodo Bolseiro e seus companheiros contra o Senhor do Escuro, Sauron. Da partida do Condado (a vila de Frodo), passando pelo Conselho de Elrond em Valfenda, às Minas de Moria  e chegando ao fim com o rompimento da Sociedade.

O início deste livro, para alguns, é bem entediante. São apresentados os hobbits, povo de pequena estatura e pequenas ambições. Como são gastas várias páginas para essa ambientação, muitos leitores ficam entediados. Mas para se conhecer uma descrição idílica de homem do campo (tema recorrente na literatura) feita na primeira metade do século XX esse trecho é fundamental. E os três primeiros capítulos são também essenciais para se entender como pequenos hobbits conseguem realizar grandes feitos, apesar de todas as expectativas em contrário. Um trecho grande, é certo, mas importante.

Quando alguns leitores não desistem nesse trecho, desistem no cap. “Floresta Velha”, por conta da dificuldade de se atravessar a floresta, ela mesma um personagem. É voz dada à natureza, uma das marcas de Tolkien (e um motivo pros hippies amarem-no). Revoltada com os destratos que sofreu, a floresta procura dar o troco em qualquer intruso – e aqui vai um capítulo de quatro Pequenos tentando vencer a fúria da natureza.

Passada a primeira metade do livro, com a decisão do que fazer com o Anel tomada, inicia-se a parte de maior aventura, a jornada para o Sul. A Sociedade formada, passamos a conhecer melhor outros povos da Terra Média, através dos personagens-representantes: os homens com Boromir e Aragorn, os elfos com Legolas e o anões com Gimli. Todos lutando contra um Senhor do Escuro que almeja poder para escravizar, destruindo o que estiver no caminho do seu domínio. É contra essa ambição desmedida que os povos livres da Terra Média lutam, a ambição personificada em dois vilões traiçoeiros: Saruman e Sauron.

Sendo a primeira parte de três de um grande livro (c. 1000 pgs), A Sociedade do Anel encerra com mais problemas do que soluções: a chave para a continuação da jornada de Frodo e companhia.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A Batalha do Apocalipse

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Livro: A Batalha do Apocalipse – Da Queda dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo
Autor: Eduardo Spohr
Editora: Verus (Record)
Ano: 2010
Sinopse no Skoob:
Há muitos e muitos anos, há tantos anos quanto o número de estrelas no céu, o Paraíso Celeste foi palco de um terrível levante. Um grupo de anjos guerreiros, amantes da justiça e da liberdade, desafiou a tirania dos poderosos arcanjos, levantando armas contra seus opressores. Expulsos, os renegados foram forçados ao exílio, e condenados a vagar pelo mundo dos homens até o dia do Juízo Final.
Mas eis que chega o momento do Apocalipse, o tempo do ajuste de contas, o dia do despertar do Altíssimo. Único sobrevivente do expurgo, o líder dos renegados é convidado por Lúcifer, o Arcanjo Negro, a se juntar às suas legiões na batalha do Armagedon, o embate final entre o Céu e o Inferno, a guerra que decidirá não só o destino do mundo, mas o futuro do universo.
Das ruínas da Babilônia ao esplendor do Império Romano; das vastas planícies da China aos gelados castelos da Inglaterra medieval. A Batalha do Apocalipse não é apenas uma viagem pela história humana, mas é também uma jornada de conhecimento, um épico empolgante, cheio de lutas heróicas, magia, romance e suspense.
Confesso que quando li a sinopse, ela não me causou uma boa impressão. Podia ser apenas mais uma história de seres sobrenaturais, acompanhando a atual moda literária. Eu queria ler, mas estava sem disposição para gastar meu dinheiro num livro que podia ser um clichê puro, modinha-de-internet e nada mais. Qual a solução para meu dilema? Participar de uma promoção na internet, claro. E aí tive uma dupla sorte: descobri um ótimo blog nerd – o Nerdbox - e também um ótimo livro.
Não sei se já deixei claro, mas o meu estilo preferido de literatura é aquele em que me impulsiona para ler ainda mais. Um livro que contenha referências (de preferência não muito óbvias) a outros livros e a outras culturas me fascina. E o Eduardo Spohr foi um mestre nesse aspecto: Ablon, o protagonista, percorre da China antiga até o Rio de Janeiro do século XXI. Foram visitadas diferentes culturas em diferentes temporalidades e todas foram mostradas de forma a instigar mais buscas por conhecimentos dessas culturas. Spohr já começa com um ponto positivo.
Vamos ao par romântico de Ablon: a feiticeira Shamira. Outra ótima oportunidade do Spohr escorregar: um anjo apaixonado por uma feiticeira. Mas, nem assim ele errou: a história deles não é melosa, e a Shamira…. bem, eu adorei a Shamira. Spohr desenvolve muito bem os personagens, e a Shamira é um ótimo exemplo. Já ouvi dois podcasts sobre o livro, entrevistas com o próprio. Ele sempre ressalta a importância do elemento feminino para o desenvolvimento do protagonista masculino nas suas falas, e ele desenvolveu muito bem essa importância na sua história. E sem esquecer o próprio desenvolvimento da Shamira, independente da sua “função” na história do Ablon.
Como pode-se ler no título e na sinopse, a história principal se passa no Apocalipse. Mas sim, a Babel lendária, a China antiga, aparecem: são capítulos de flashback em que se mostram os desenvolvimentos dos personagens e dos seus conflitos através da História. Como li por aí, alguns se embananaram com esses flashbacks, chegando a quase perder o fio da meada. Pra mim, esses flashbacks contém algumas das melhores passagens do livro, cheguei quase a lamentar o fim de cada um deles. E cada um dos flashbacks é necessário para o entendimento final dos personagens – além de serem leituras deliciosas (e eu amar ficção histórica).
Por fim, os anjos. Fantásticos, todos. Os vilões inclusive. Bem construídos, bem diferenciados dos humanos. Não sou escritora, e não pretendo ser. Mas deve ser bem difícil diferenciar raças diferentes, cada uma com uma forma de encarar o mundo. E Spohr faz isso muito bem: homens e anjos, cada um com suas características, são bem delineados. E, sendo uma história focada nos anjos, a diferença entre eles é gritante, cada um com um desenvolvimento e com personalidade próprios. A diferença de perspectivas que são geradas pela mortalidade dos homens e imortalidade dos anjos é muito bem feita.
Por fim, a parte chatinha. Não chega a ser um trecho chato. Mas é uma chatice repetida no livro inteiro. Todos os personagens tem codinomes e frases que o caracterizam, e o que aparece em todo o livro? Esses codinomes. Quem leu Odisséia, ou 1001 noites, ou alguma dessas narrativas em que os codinomes são repetidos à exaustão, sabe do que estou falando. Encheu o saco. Quando se pensa numa narrativa em que tem como ponto de partida a tradição oral ainda vai, a repetição dos codinomes pode ser um recurso tanto para quem narra como para quem ouve. Mas num livro escrito no século XXI isso encheu.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

História das Invenções


Quando pensei num livro infanto-juvenil para o tema de janeiro do Desafio Literário 2011, pensei logo num dos livros que mais me inspirou na vida: o Histórias do Mundo para as Crianças, do Monteiro Lobato. Só que aí lembrei que a ideia do desafio é ler livros inéditos para os desafiantes. Daí tive que escolher outro, e fui para o História das Invenções, também do Monteiro Lobato. Esse foi um dos poucos livros infanto-juvenis dele que não devorei algumas milhares de vezes na infância. Como uma das minhas metas de leitura pra vida é ler toda a obra do Lobato, escolhi aproveitar o desafio e pagar o débito.Esse foi um débito por uma razão muito simples: eu sempre que pegava o livro abandonava. Mas vamos a ele. Depois falo porque abandonei o pobre umas duas ou três vezes.

Os livros infantis do Sítio podem ser divididos basicamente entre aventuras e serões explicativos da Dona Benta (bem paradidáticos). E há ainda os que misturam os dois tipos. O História das Invenções fica no “paradidático”. Dona Benta recebe um livro de um alemão em casa, lê o livro e resolve apresentar a seu modo o conteúdo para as crianças (e a Emília, claro). Daí o “serão”, a última atividade antes das crianças irem dormir.

Claro que as explicações são muito bem feitas. O Lobato, sem ter diploma de pedagogo ou algo relacionado, tinha uma didática exemplar. Mas o livro é chatinho. As asneiras da Emília não compensam as explicações científicas, ou a seriedade do Pedrinho e da Narizinho. Para complicar mais um pouco (especialmente o meu entendimento quando era criança), as invenções não são apresentadas de forma cronológica,mas como prolongamentos mecânicos do corpo humano: mão, pé, boca. É muito difícil abandonar a cronologia, ainda mais porque é a fórmula que estamos mais acostumados.Pra piorar, pra quem teve desde cedo tendência para humanas o esforço para entender é ainda maior, porque afinal está-se falando de coisas mais relacionadas a exatas.Resultado: eu, criança, não entendi muito bem, tive que ficar adulta pra entender.

O ponto positivo do livro é o talento do Lobato em explicar de forma simples funcionamentos complexos. Mas isso não bastou para o livro ficar bom. Muito sisudo, muito adulto pra ser infanto-juvenil. Dessa vez o Lobato, o escritor que mais me inspirou na vida, errou a mão.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Desafio Literário 2011

 

desafioliterario2011

Conheço esse desafio, lançado pelo blog Desafio Literário, desde o ano passado. Pensei em fazer, mas como já estava bem atrasada, deixei pra esse ano. O desafio consiste em ler um livro por mês, de acordo com os temas propostos pelo blog: cada mês um diferente. Daí se faz a lista dos livros pretendidos, manda-se pra elas para se inscrever no desafio e eis aí: cada vez que ler um livro da lista é ir no blog, divulgar o link do seu post e buenas: você leu, escreveu e divulgou o seu blog. É ganha-ganha-ganha. Eis a minha lista:

Janeiro – Literatura Infanto-Juvenil

História das Invenções – Monteiro Lobato

Fevereiro – Biografias e/ou memórias

O que é isso companheiro – Fernando Gabeira

Março – Obras épicas

Romeu e Julieta - Shakespeare

Abril – Ficção científica

Fundação – Isaac Asimov

Fundação II – Isaac Asimov (reserva)

Fundação III – Isaac Asimov (reserva)

Maio – Livro reportagem

1808 – Laurentino Gomes

Junho – Peças teatrais

Calabar - Chico Buarque e Ruy Guerra

O Auto da Compadecida – Ariano Suassuna (reserva)

Julho – Autores novos

Areia nos Dentes – Antonio Xerxenesky

Raiva nos Raios de Sol – Rodrigo Mantelli(reserva)

Agosto – Clássicos da literatura brasileira

Dom Casmurro – Machado de Assis

Vidas Secas – Graciliano Ramos (reserva)

Setembro – Autores regionais

Lerulian – Dan Albuk

O Triste Fim de Policarpo Quaresma – Lima Barreto (reserva)

Outubro – Nobel de literatura

O Evangelho Segundo Jesus Cristo – José Saramago

100 anos de solidão – Gabriel Garcia Marquez (reserva)

Novembro – Contos

Histórias de fantasmas – Charles Dickens

Dezembro – Lançamentos do ano

Ainda não sei.

 

Bom, divulgada a lista, vou aqui me debruçar sobre o livro de janeiro Smiley de boca aberta

Tudo acontece em Elizabethtown


Drew - Você é ótima Claire. Você sabe disso. É incrível.
Claire – Por favor. Não preciso de sorvete de casquinha.
Drew – Não é sorvete de casquinha. O que é “sorvete de casquinha”?
Claire – Você sabe. “Algo para deixá-lo contente. Algo doce que derrete em cinco minutos. Eu me sinto bem com tudo que diga ou não diga. Eu não preciso disso.
Eu amo esse diálogo. Ele traduz o que sempre achei de elogios baratos, mas não sabia bem como expressar. Até chegar a esse diálogo, estava apenas assistindo a uma comédia romântica numa tarde de final de semana. Um filme bobo, sobre um cara de Oregon que perde seu pai e vai a uma pequena cidade em Kentuck – a Elizabethtown do título – pra resolver a burocracia relacionada ao enterro. Pra piorar a sua situação,esse cara, designer, acaba de perder o emprego por conta de um fiasco fenomenal e a namorada. No avião, conhece a Claire, uma aeromoça. Pronto, essa é a sinopse.
Daí eu estava vendo e pensando: por que não terminar de ver? Tô sem fazer nada de especial mesmo… e chega esse diálogo, dando voz a algo meu que não conseguia expressar bem. Nunca fui muito fã de receber elogios: é realmente raro ficar lisonjeada com um. Não por ter a melhor auto-estima do mundo, mas porque elogios bobos realmente não fazem diferença. Nunca fizeram. São poucos os elogios que guardo com carinho – justamente os que não espero o que a pessoa disse ou a forma como disse. Daí o diálogo é uma ótima resposta a todos os que falaram “você não gosta de receber elogios??Como não??” na minha vida – e tive que ouvir isso algumas vezes.Voltando ao filme, depois desse diálogo passei a prestar mais atenção no filme.
Apesar do protagonista ser um homem – o Drew, interpretado pelo Orlando Bloom – o ponto alto do filme são as mulheres: a Claire (seu par), a mãe do Drew (Susan Sarandon), a irmã dele. Especialmente a Claire e a mãe dele. Sendo uma comédia romântica, claro que se sabe o final desde o encontro do casal protagonista. E adoro o filme não pelo final, mas pelo desenvolvimento.
Desenvolvimento que, resumido, não tem como ser dado como ótimo. A melhor forma de definir a história, pra além de comédia romântica, é que é uma história sobre uma jornada, jornada para o auto-conhecimento do protagonista. Com direito a um longo trecho de road-movie. E o melhor de histórias sobre jornadas não são sobre o final, nem o resumo delas: são os desafios e histórias acontecidas durante a jornada. São trechos difíceis de comentar sem estragar todo o filme para quem não viu.
Durante essa jornada do protagonista, a presença da Claire e da mãe, além da sua viagem de carro com as cinzas do pai, são os pontos mais altos. A Claire é fantástica: observadora, adora as coisas simples da vida (como música, árvores, nascer do sol). Mais não digo pra ainda ter surpresas pra quem não viu, mas ela dá um presente FO-DA pro Drew, no final do filme. Algo que me deu vontade de fazer, daquele mesmo jeito. A mãe dele, interpretada pela Susan Sarandon? Aparece pouco, mas eu adorei. Fica viúva e o que faz? Vai cuidar da vida dela. De um jeito que eu pensei: acho que vou ser assim daqui a alguns anos… E, no final da jornada, a road-trip: linda linda, com uma ótima trilha sonora, do Kentuck a Memphis (e um pouco mais). Literalmente uma viagem musical, com passagens pela primeira gravadora do Elvis, por exemplo. Além, claro, das auto-descobertas do Drew.
Por ser uma comédia romântica, tem os clichês: os trechos de comédia em que digo “era pra ser engraçado?”; a separação temporária dos protagonistas. Passando-se numa pequena cidade do sul dos EUA, o estranhamento com os caipiras. Diálogos tem sua maioria sem muita substância.
Mas e daí? Mesmo com todos esses clichês, adoro o filme, e o vi hoje na cópia do meu DVD. Mas por que comprar um filme bobo desses? Foi o que o Marcelo disse quando eu falei que tinha comprado, e fiquei sem resposta até hoje. Hoje, que acordei com uma vontade danada de rever o diálogo acima. Querendo rever a road-trip do Drew. E querendo matar a saudade da Claire e da Hollie. Então revi, e fiquei feliz: era isso mesmo que eu tinha em mente, um filme que valoriza as melhores coisas da vida (música, natureza,amizades…), pra ver. Algo que me toca por uma simples razão: sou uma pessoa simples, que gosta de coisas simples, e que aprecia histórias sobre jornadas (pois que adoro pensar sobre a minha própria, e as dos outros). Um filme que me identifico, enfim.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Dia do leitor

olaf_hajek Ilustração do alemão Olaf Hajek

Hoje é o Dia do Leitor. Infelizmente, não tenho a menor ideia do porque hoje é um dos dias que posso considerar como meu também (além de professora e mulher). Procurei no Pai Google mas dessa vez ele não me ajudou.

Não vou gastar linhas aqui falando da importância da leitura em geral. Vou aqui escrever sobre a importância da leitura para mim. E  aqui vai um post sobre as minhas leituras e releituras do momento, que refletem a importância da leitura na minha vida.

Não lembro se deixei claro aqui que o autor mais importante da minha vida é o Monteiro Lobato. Digo sem medo que sou o que sou graças a ale. Aos 10 anos, li pela primeira vez “Histórias do Mundo para as Crianças” (uma das releituras do momento). Já tinha lido livros dele em que ele menciona a importância cultural da Grécia Antiga e já tinha ficado fascinada. Quando li o “Histórias…” percebi, aos 10 anos, qual é uma das maiores paixões da vida: História. Aos 17, quase 18 anos, vi que era um caminho sem volta: mesmo sabendo das dificuldades da profissão, resolvi ser historiadora. E tudo começando com os livros do Monteiro Lobato. Assim  que terminar a leitura dele, explico melhor como isso se deu (sabe quando se relê e se redescobre o que tanto fascinou na primeira leitura? Pois é, Alinde aos quase 27 redescobrindo a velha garotinha de 10).

Continuando com Monteiro Lobato, vou ler esse mês “História das Invenções” para o Desafio Literário 2011. Ainda não fui formalmente aceita para participar do desafio, mas mesmo assim vou lendo o primeiro tema: livro infanto-juvenil. Eu ia ler o “Histórias do Mundo para as Crianças” para esse desafio, mas lembrei que é pra ler algo que não se tenha lido… e o livro escolhido é um dos dois infantis do Lobato que não li quando criança (o outro é o Serões de Dona Benta).

Voltando a falar de livros que marcaram a minha vida, estou também relendo “Senhor dos Anéis”, do Tolkien. Esse estou lendo com mais vagar, até porque já li três vezes nos últimos 9 anos. Essa é a quarta. Mas resolvi reler porque estava querendo me conectar novamente com o livro que marcou a minha volta ao vício em leitura. Durante a adolescência, tive um rehab de leitura, li relativamente bem pouco (algo entre 5 e 10 livros por ano), no que o Tolkien me curou – apesar dos trechos chatinhos, detalhados demais. Explico: é uma aventura, o que sempre gostei. É ambientado em algo que lembra a Idade Média europeia, algo que sempre gostei (e me inspirou a pegar logo no início do curso as obrigatórias de medieval, que foram me levando até o mestrado…). E o Tolkien tem outra característica que me apaixona: AMO obras de arte que fazem referências implícitas ou explícitas às suas referências, me fazendo pesquisar para conhecer o contexto artístico e histórico da obra. Algo que Senhor dos Anéis me proporcionou: a volta com carga total do meu gosto por pesquisa (sim sim, com 9 anos ficava lendo dicionários de mitologia grega, que era muito metidinha).

E agora a minha última leitura inédita: “História Universal da Infâmia”, do genial Jorge Luis Borges. Como adoro as obras dele, mais e mais. É um prazer imenso ler Borges, indico a todos que leiam, ele é fantástico para todos os gostos, um mestre das palavras, um mestre em reinveintar referências histórias e literárias. Maravilhoso.

Enfim, como podem ver, estou lendo nas minhas horas de lazer (sem esquecer das leituras de mestrado e concursos) livros que tocam profundamente numa das maiores paixões da minha vida: a leitura (seja historiográfica, seja literatura). Á medida em que for terminando de ler e reler, vou aqui escrevendo resenhas para o blog.