sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Dia do leitor

olaf_hajek Ilustração do alemão Olaf Hajek

Hoje é o Dia do Leitor. Infelizmente, não tenho a menor ideia do porque hoje é um dos dias que posso considerar como meu também (além de professora e mulher). Procurei no Pai Google mas dessa vez ele não me ajudou.

Não vou gastar linhas aqui falando da importância da leitura em geral. Vou aqui escrever sobre a importância da leitura para mim. E  aqui vai um post sobre as minhas leituras e releituras do momento, que refletem a importância da leitura na minha vida.

Não lembro se deixei claro aqui que o autor mais importante da minha vida é o Monteiro Lobato. Digo sem medo que sou o que sou graças a ale. Aos 10 anos, li pela primeira vez “Histórias do Mundo para as Crianças” (uma das releituras do momento). Já tinha lido livros dele em que ele menciona a importância cultural da Grécia Antiga e já tinha ficado fascinada. Quando li o “Histórias…” percebi, aos 10 anos, qual é uma das maiores paixões da vida: História. Aos 17, quase 18 anos, vi que era um caminho sem volta: mesmo sabendo das dificuldades da profissão, resolvi ser historiadora. E tudo começando com os livros do Monteiro Lobato. Assim  que terminar a leitura dele, explico melhor como isso se deu (sabe quando se relê e se redescobre o que tanto fascinou na primeira leitura? Pois é, Alinde aos quase 27 redescobrindo a velha garotinha de 10).

Continuando com Monteiro Lobato, vou ler esse mês “História das Invenções” para o Desafio Literário 2011. Ainda não fui formalmente aceita para participar do desafio, mas mesmo assim vou lendo o primeiro tema: livro infanto-juvenil. Eu ia ler o “Histórias do Mundo para as Crianças” para esse desafio, mas lembrei que é pra ler algo que não se tenha lido… e o livro escolhido é um dos dois infantis do Lobato que não li quando criança (o outro é o Serões de Dona Benta).

Voltando a falar de livros que marcaram a minha vida, estou também relendo “Senhor dos Anéis”, do Tolkien. Esse estou lendo com mais vagar, até porque já li três vezes nos últimos 9 anos. Essa é a quarta. Mas resolvi reler porque estava querendo me conectar novamente com o livro que marcou a minha volta ao vício em leitura. Durante a adolescência, tive um rehab de leitura, li relativamente bem pouco (algo entre 5 e 10 livros por ano), no que o Tolkien me curou – apesar dos trechos chatinhos, detalhados demais. Explico: é uma aventura, o que sempre gostei. É ambientado em algo que lembra a Idade Média europeia, algo que sempre gostei (e me inspirou a pegar logo no início do curso as obrigatórias de medieval, que foram me levando até o mestrado…). E o Tolkien tem outra característica que me apaixona: AMO obras de arte que fazem referências implícitas ou explícitas às suas referências, me fazendo pesquisar para conhecer o contexto artístico e histórico da obra. Algo que Senhor dos Anéis me proporcionou: a volta com carga total do meu gosto por pesquisa (sim sim, com 9 anos ficava lendo dicionários de mitologia grega, que era muito metidinha).

E agora a minha última leitura inédita: “História Universal da Infâmia”, do genial Jorge Luis Borges. Como adoro as obras dele, mais e mais. É um prazer imenso ler Borges, indico a todos que leiam, ele é fantástico para todos os gostos, um mestre das palavras, um mestre em reinveintar referências histórias e literárias. Maravilhoso.

Enfim, como podem ver, estou lendo nas minhas horas de lazer (sem esquecer das leituras de mestrado e concursos) livros que tocam profundamente numa das maiores paixões da minha vida: a leitura (seja historiográfica, seja literatura). Á medida em que for terminando de ler e reler, vou aqui escrevendo resenhas para o blog.