sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Campanha eleitoral

Não gosto de fazer campanha eleitoral, mas dessa vez vou abrir uma excessão. Aqui reproduzo o e-mail que recebi sobre o candidato à reeleição como dep. estadual Marcelo Freixo, do PSOL-Rio. Como alguns sabem, não sou eleitora regular do PSOL, por não acreditar que as ideias em geral deles sejam viáveis. Sou de centro-esquerda mas mais pragmática, então geralmente voto no PT mesmo. Mas quando os candidatos do PT não me satisfazem/existem melhores candidatos no PSOL, fico com eles. O Marcelo Freixo tem meu voto por uma simples razão: ele incomoda tanto as milícias da zona oeste da capital e de outros pontos do Estado do Rio que está jurado de morte,e não de "brincadeirinha": ele tem que andar fortemente escoltado pela cidade, ou é assassinado:

O deputado estadual
> do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSOL) é a inspiração do filme
> Tropa de Elite 2_, que deve estreiar em breve e mostra a rotina de um
> parlamentar que ousou enfrentar as milícias locais. Jurado de morte,
> Freixo precisa de proteção armada em sua campanha para a
> reeleição. Confira a reportagem de Wilson Araújo: O deputado
> estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ), 43 anos, não bota o pé fora de
> casa sem a companhia de uma comitiva formada por pelo menos cinco
> homens atentos, carregando caixas parecidas com as usadas para
> transportar instrumentos musicais. Em vez de violão ou violino,
> porém, as caixas contêm armas de grosso calibre. E o séquito que
> acompanha o deputado é formado por policiais e agentes
> penitenciários escolhidos a dedo para sua proteção. Jurado de
> morte, Freixo é candidato à reeleição a deputado no Rio de
> Janeiro e não poderá fazer campanha nas ruas. Na zona oeste da
> cidade, região que concentra 35% do eleitorado carioca, nem seus
> militantes poderão pedir votos. Milicianos já avisaram que quem
> ousar vai “levar chumbo”. Freixo só se desloca pela cidade em
> carro blindado e uma viatura da PM passa as noites de plantão na
> porta de sua casa. Ele é perseguido por ter atuado contra o crime
> organizado no Rio, em especial por combater a máfia das milícias,
> que domina 40% das 1.200 comunidades carentes do Estado. “Vamos
> utilizar a internet e outras ferramentas virtuais para fazer nossa
> proposta chegar à população”, diz ele, convicto de que não pode
> expor ninguém ao perigo nem mesmo a si próprio. “Não quero ser um
> herói morto”. O Serviço de Inteligência da Secretaria de
> Segurança Pública já abortou dois planos para matá-lo. O poder
> das milícias que marcaram Freixo para morrer pode ser medido por seu
> faturamento. Elas arrecadam mais de R$ 200 mil diários somente com o
> controle do transporte alternativo. Em seis meses de investigação,
> a CPI que Freixo liderou na Assembleia carioca levou para a cadeia
> quase 300 integrantes desses grupos criminosos. Ela também
> desbaratou o esquema fraudulento do auxílio-educação, praticado
> por alguns deputados, que embolsavam as cotas de R$ 400 concedidos a
> cada dependente de funcionário matriculado em escola particular.
> Freixo ainda esteve à frente do processo de cassação do ex-chefe
> de Polícia do Rio deputado Álvaro Lins (PMDB), envolvido com a
> máfia dos caça-níqueis. “Estamos assistindo a uma violação
> princípio democrático que implica o direito de cada um, seja ele
> deputado ou não”, revolta-se o sociólogo carioca Gláucio Soares,
> do Instituto de Pesquisas Universitárias (Iuperj). Fazer campanha
> pela internet é, por enquanto, a única alternativa de Freixo. O
> presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos,
> Carlos Manhanelli, não arrisca prever que resultado o deputado
> poderá conseguir com uma campanha desse tipo: “Nunca vimos uma
> coisa dessas antes”, diz ele. 
> 
> “VAMOS UTILIZAR A INTERNET PARA DIVULGAR A NOSSA PROPOSTA”
> MARCELO FREIXO - DEPUTADO ESTADUAL - RJ (PSOL- 50123)

Taí o único pedido de voto que farei nessas eleições, VOTEM. Não basta UPP, tem que combater as milícias também.